Em 1906 um grupo alargado de pessoas juntou-se para construir um teatro na Pampilhosa.
Paul Bergamin, o suíço que explorou o Restaurante da Estação e que foi maître do Palace Hotel do Buçaco, depois de construir o seu Chalet Suiço, deu o terreno que lhe sobrou do outro lado da estrada. Os industriais de cerâmica ofereceram tijolos e telhas, outros mandaram cortar pinhais e deram a madeira,outros deram areia, dinheiro,trabalho... juntos constituiram uma sociedade por ações, que ficou proprietária do imóvel. o teatro servia as grandes companhias de Lisboa e do Porto que, nas suas digressões eram obrigadas a passar a noite na Pampilhosa, dado que os horários das duas companhias de caminho de ferro não estavam coordenados. O teatro acolhia igualmente os grupos locais e ali se faziam pequenos concertos, récitas,convívios, bailes.
A partir de 1924 iniciou-se a projeção regular de cinema. O entusiasmo de Joaquim Pires e o apoio do industrial Adriano Teixeira Lopes originaram uma situação única que nem a morte de Joaquim Pires em 1977 interrompeu. Só em 1986 é que o acumular de prejuízos levou ao encerramento do cinema.Restava o edifício, pelo que, em 1987, no seguimento de uma Assembleia Geral em que tiveram assento todos aqueles que apresentaram as ações que, 80 anos atrás, tinham estado na posse dos seus antepassados, foi decidida a extinção da Sociedade e a criação de uma Associação Cultural herdeira do nome, do edifício e de toda a sua história.